Migração digital de grandes jornais discutida nos EUA, já começou no Brasil

Data 10/09/2010Comentário(s) 0 comentário(s) Artigo relacionado: Mercado, Vida Digital.



Depois do Jornal brasileiro “Jornal do Brasil” deixar de ser impresso, continuando apenas no meio digital, em uma decisão pioneira no Brasil, nos EUA, o chairman e publisher do The New York Times, Arthur Sulzberger Jr.,declarou durante conferência na International Newsroom Summit: “Vamos parar de imprimir o New York Times no futuro.”
 
Embora não precisasse a data em que isto ocorrerá, na mesma conferência Sulzberg comentou as tentativas do jornal para monetizar o conteúdo, passo fundamental para o sucesso da migração, e que esse modelo deverá ser seguido por outros veículos de comunicação, “Acreditamos que as organizações sérias de mídia devem começar a cobrar receitas adicionais de seus leitores.”

Há três anos, o NY Times utilizou um tipo de cobrança – o TimesSelect – que não deu o retorno pretendido pela empresa, mas Sulzberger disse que essa tentativa não foi encarada como fracasso e sim como aprendizado. “Se descobrirmos que tentamos algo que não está funcionando, poderemos mudar isso.”

Nos EUA, assim como no Brasil, a maioria dos veículos impressos, tem perdido receita publicitária, e a migração digital pode ser uma forma de diminuir esses prejuízos, ao diminuir custos ou estancar crises financeiras como no caso do JB. O New York Times também passa por dificuldades a ponto de ter sua venda cogitada.

Jornal do Brasil

O JB, jornal carioca que tinha 119 anos de circulação impressa, migrou completamente para o meio digital, sendo pioneiro no Brasil, exclusivamente digital desde 1 de setembro de 2010.

Embora a migração tenha ajudado a diminuir a crise que o veiculo enfrentava há anos, e saudada como um avanço, inclusive por ter impacto na sustentabilidade (a ausência de papel, evita o corte de árvores), sua aceitação não foi unanime. Protestos políticos e de sindicatos foram feitos, mas o veiculo seguiu com seus planos e até a última edição digital apresentava alta de acessos depois que a edição impressa deixou de circular, tendo boa aceitação do público.

Por enquanto o conteúdo está todo acessível aos internautas, mas o jornal deve em breve cobrar a assinatura, deixando apenas uma parte do material aberto.


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